O rei ta chegando

Não viado, eu não to falando do cruzeiro do Roberto Carlos que a sua tia-avó de criação ta loka pra ir... pq aposto que feminina desse jeito, a sra só pode ter sido criada com uma tia-avó. A sra pode achar que eu só falo da cena das bilu, que só falo de The Freak e Cine Ideal, mas nesta 6a feira o Rio de Janeiro poderá ouvir o som do inglês CARL COX e isto merece um parênteses muito bem aberto.

Acho chique a sra ir (até pq não vai ter nada mto melhor não), sabendo que não vai ficar tocando Offer Nissim, nem nada "experimental" ou coisa "conceitual" que os outros estão inventando que é chique, ele não precisa ser "hype" porque simplesmente tem a tal da PERSONALIDADE.

Ele começou desde os 8 anos tocando Hip Hop e Soul, depois mudou pra Acid House. Não da pra limitar exatamente o estilo que ele toca, fica entre o House e o Techno. Como ele mesmo se define: ele toca musica PRA DANÇAR.

Olha o que ele tem pra dizer a esse povo que não tem personalidade, ouve o galo cantar e não sabe onde:

Como um ícone do techno, qual é a sua sincera opinião sobre o minimal?

Simplesmente não é o meu som. As pessoas que vão me assistir esperam que eu faça elas dançarem muito, então eu não vejo o menor sentido em parar o que estou fazendo e dizer: “Ei ei ei, vejam bem, este é novo som, é isto que está rolando agora, então eu vou tocar minimal”. Eu acho que uma festa só com minimal é muito chata, é um estilo muito bem-vindo em um warm-up, e trouxe opções novas para as pistas de dança, mas não acho que ele cai bem em uma festa inteira. Quando as pessoas saem elas querem se divertir, e não ficar entendiadas, e se eu não fizer as pessoas dançarem muito eu vou me sentir muito mal (risos). Eu toco o que considero o melhor de cada estilo, não me prendo a um gênero em si, mas busco fazer o meu próprio som, e acontece que a grande maioria das coisas que saem de minimal não se encaixam no meu conceito de música para a pista de dança!
Retirado do site RRaurl com grifos meus (ai me senti jornalista falando isso)

POOOOORRA viado, finalmente alguem com culhão falou que aquele monte de barulho de game boy com ATARI não tem como dançar!!!! Agora vai dizer que o Carl Cox ta errado? Vai viado? Vou resumir o que ele disse: Não precisa ser o que não é e bancar a esquisita pra fingir que é chique!

Tá um tal de mona dizer que "isso é chique pq toca na europa", "isso é chique pq ta td mundo tocando", que "isso vai morrer, aquilo que é a moda"... MEU CÚ! O que adianta tocar dentro do castelo de Buckingham e eu ter que dançar igual a Rainha Elizabeth nas bodas de Diamante pq não dá nem pra se mexer de tão chato?

Eu acho legal ter público pra tudo. Aqui no Rio tem Dama de Ferro, a Maja, a Fosfobox, e várias festas mais underground, com som minimal, acho interessante, mas empurrar isso como "som das finas" e "a última moda em paris" eu acho muito forçado e caricato E NEM POR ISSO eu acho justo transformar as festas de House do Rio num "as 7 mais da Jovem Pan". O chique é usar a combinação OUVIDO + BOM SENSO, pista não é conceito, é diversão!

Abra-se para o novo, ouça as coisas novas e julgue o que é bom ou ruim pelo que agrada ou não na pista e não pelo que vc "leu que é chique" e menos ainda fixe no "é isso que eu sempre ouço". Os DJs do Rio poderiam dormir com isso e SONHAR com um anjinho negão tocando em 3 pickups! Ia fazer muito bem. Quem sabe com isso o próximo sábado na Meca GLS de Mohammed Almada pode não ser um PESADELO.